Há três anos, testamos a anterior geração do Land Rover Range Rover, também na versão 5.0 V8 Supercharged. Um verdadeiro tanque sobre rodas de mais de duas toneladas e meia de peso. Depois de uma década (!) a ser comercializado, era necessária uma nova geração, mais económica e... mais leve. A Land Rover deitou mãos à obra e, há alguns meses, foi lançada a 4ª geração do Range Rover.
Como não podia deixar de ser, o objetivo foi cumprido, o novo Range Rover pesa bem menos do que a geração anterior (menos 420kg na versão Sport!), o que ajuda também a uma diminuição das emissões de CO2 e dos consumos. Para além da diminuição do peso do mastodonte britânico, é também muito importante para uma melhoria da sua eficiência o uso de uma nova caixa automática de 8 velocidades, que substitui uma de 6. Uma das particularidades desta versão que testamos, que recorre a um V8 Supercharged de 5.0 litros é a facilidade que tem em acompanhar desportivos de respeito, atingindo muito facilmente os 225km/h a que está limitado eletronicamente. Tudo isto sem ouvirmos o mais pequeno ruído causado pelo vento, graças à excelente isolação acústica garantida pelos seus vidros duplos.
Em todo o tipo de terreno, as aptidões do novo Ranger Rover foram melhoradas. A nova geração do Terrain Response®-system analisa com a maior das facilidades as condições de condução e escolhe automaticamente as definições que mais se adequem. Há que dizer que ficamos estupefactos com a facilidade deste Land Rover em subir "colinas" arenosas sem a mínima sensação de esforço ou de derrapagem!
Comparado com a geração anterior, a qualidade do interior, que já estava numa patamar de excelência, foi melhorada significativamente. Finalmente, o sistema de navegação funciona devidamente e com a rapidez necessária. O conforto também evoluiu notoriamente, até porque para além dos vidros acústicos, o espaço para as pernas dos ocupantes dos bancos traseiros foi aumentado em 118mm.
Quando passamos para o exterior do Range Rover, facilmente reparamos que foram usados alguns elementos de design do Evoque, o que é ainda mais notório no Range Rover Sport. Felizmente, a Range Rover disponibiliza como extra uns degraus laterais, fixos ou automáticos, um extra bastante funcional para os mais pequenos, até porque, sem eles, alguns podem precisar de fazer algum esforço para "saltarem" para dentro do carro, mesmo recorrendo ao modo "access", no qual este SUV de 5 metros fica 20mm mais próximo do solo.
Felizmente, o preço é algo que apenas mencionamos no fim. Na versão que testamos, Vogue 5.0 V8 Supercharged, os preços começam (em Portugal) perto dos 170 000€, preço este que sobe consideravelmente se dermos demasiada atenção à lista de opcionais enquanto configuramos o nosso Range Rover... Ainda assim, há que ter em conta que, por estes valores, conseguimos um SUV extremamente luxuoso, com um motor capaz de o fazer envergonhar muitos desportivos. Ainda assim, é sempre possível optar por uma versão mais "soft", como o HSE TDV6, a versão de acesso à gama Range Rover, com preços a começar na casa dos 120 mil euros. O Range que conduzimos contava com jantes de 22 polegadas, bancos da frente com função de massagem e sistema de som surround Meridian, isto entre muitos outros extras, que ajudavam o preço da unidade ensaida a subir cerca de 20 000€ face ao preço base.
O novo Ranger Rover, na variante 5.0 V8 Supercharged, é um verdadeiro all rounder, excelente quer para as aventuras em fora-de-estrada, quer para transportar pessoas com o máximo de conforto e luxo ou até mesmo para umas "tiradas" nas auto estradas. O único problema desta versão, é mesmo a sua sede de gasolina e o tempo que exige para ser abastecido.